sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ENCAIXE PERFEITO (completo)


Era somente um passatempo, eu não queria nada com nada, nada de compromissos, e eu já tinha o sexo, já tinha o homem em quem confiava, em que rolava a tal química, a excitação, a pele, a cumplicidade. Eu não sabia que a junção disso tudo se resumia em paixão. E somente depois descobri que um beijo sem paixão não tem o mesmo sabor, e a transa por si só não mata a fome de prazer. E ele me aceitava desse jeito, do meu jeito possessiva e desprendida de ser.
Eu fui má, eu admito, não me dei conta de como fui egoísta, afinal, eu só estava me divertindo e ele sabia disso, sabia como jogar o meu jogo. Juntos éramos a melhor definição de prazer... os corpos deslizavam unidos, suados, quentes, as mãos famintas, o som da respiração abafada aos beijos descontrolados, as palavras substituídas  por gemidos, e por fim a ansiedade interrompida pelo encaixe perfeito.
Então, houve o dia em que eu perdi o chão, perdi o rumo, a voz, o riso, e perderia a vida se arrependimento matasse... Ele cansou de ser meu brinquedo, (Game Over)!

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