domingo, 1 de dezembro de 2013

SOBRE O AMOR

Eu acredito que o amor exista em todos os lugares. E a qualquer momento... Você pode estar na fila do banco, esbarrou e “ops! O amor”. Pode estar no happy hour, num boteco, trocou um olhar e “ops o amor”. Professor novo no cursinho de inglês “ual! O amor”. E tem balada em que você se apaixona três vezes (hehe) .
 Não, não estou banalizando o amor. Estou descomplicando. A gente espera demais, criamos expectativas demais, planejamos demais. Por simplesmente não nos permitirmos viver até a rapa, até a ultima gota. E o quê a gente faz?  Rotulamos o amor.
Vocês começam com tímidos encontros, depois já saem com mais frequência, já passam os fins de semanas juntos, nessa altura vocês já fazem sexo desvairadamente. Foram para as motanhas no inverno, e pra Bahia no verão. Ele sabe como você acorda de mau humor, e você já se acostumou com as escapadas dele durante a noite pra jogar no computador. Vocês adoram inventar pratos diferentes na cozinha e posições novas na cama. Seus pais já perguntam por ele ao telefone e você já sabe de cor o nome da meia dúzia de sobrinhos dele...
E daí, em uma bela manhã de sol, acaba. Isso, simples assim, ACABA.  Você precicou ir pra faculdade em outra cidade, ou ele recebeu uma proposta de emprego em outro país. Ou tiveram uma briga feia por conta da ex, ou porque ele mexeu nas suas coisas e você no celular. Ou porque você quer que ele volte a estudar. Ou ele tem ciúmes do seu chefe. Ou ele simplesmente deixou de ligar. Ou porque você gosta de suco de uva e ele de laranja, ou, ou, ou...
Motivos fúteis, motivos justos, motivos úteis. O motivo é o que menos importa (apesar que, num término de um relacionamento, parece que a gente só depende do motivo para continuar vivevendo) o que importa é que o amor  acabou. Isso mesmo, amor acaba.
Depois do fim, a gente desacredita de tudo que viveu. E a gente costuma justificar que, se acabou é porque não era amor de verdade. E porque não? O amor existe, e o amor passa.  O trem passa, a dor de cabeça passa, a idade passa, a chuva passa, o tempo passa, a té a uva passa, e o amor também passa.
Se pararmos pra pensar, em todas as pessoas que amamos, e  deixamos de amar, (algumas nem deixamos tanto assim, mas enfim). É que eu credito, que as pessoas que passam por nossas vidas, sempre deixam algo de bom,  e mesmo os amores mais turbilhentos (os que eu mais aprecio) sempre deixam boas lembranças. E que bom que guardamos todas as pessoa e todas as histórias que vivemos com carinho.
E a troco? Desmerecer um amor que passou? E os sorrisos, as gargalhadas? e os passeios de mãos dadas? Os banhos de mar e de espuma? As discussões no carro e o sexo na escada? E as noites de choro em claro? As despedidas, A música preferida, a pizza de margherita?...
E se você ainda acha que deve tirar o mérito de ter vivido “Uma grande história de amor”, somente porque acabou. Eu finalizo com um trecho do  Rei “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”


PS. E quando menos se espera “ops”... 

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