Eu acredito
que o amor exista em todos os lugares. E a qualquer momento... Você pode estar
na fila do banco, esbarrou e “ops! O amor”. Pode estar no happy hour, num
boteco, trocou um olhar e “ops o amor”. Professor novo no cursinho de inglês
“ual! O amor”. E tem balada em que você se apaixona três vezes (hehe) .
Não, não estou banalizando o amor. Estou
descomplicando. A gente espera demais, criamos expectativas demais, planejamos
demais. Por simplesmente não nos permitirmos viver até a rapa, até a ultima
gota. E o quê a gente faz? Rotulamos o
amor.
Vocês
começam com tímidos encontros, depois já saem com mais frequência, já passam os
fins de semanas juntos, nessa altura vocês já fazem sexo desvairadamente. Foram
para as motanhas no inverno, e pra Bahia no verão. Ele sabe como você acorda de
mau humor, e você já se acostumou com as escapadas dele durante a noite pra
jogar no computador. Vocês adoram inventar pratos diferentes na cozinha e
posições novas na cama. Seus pais já perguntam por ele ao telefone e você já
sabe de cor o nome da meia dúzia de sobrinhos dele...
E daí, em
uma bela manhã de sol, acaba. Isso, simples assim, ACABA. Você precicou ir pra faculdade em outra
cidade, ou ele recebeu uma proposta de emprego em outro país. Ou tiveram uma
briga feia por conta da ex, ou porque ele mexeu nas suas coisas e você no
celular. Ou porque você quer que ele volte a estudar. Ou ele tem ciúmes do seu
chefe. Ou ele simplesmente deixou de ligar. Ou porque você gosta de suco de uva
e ele de laranja, ou, ou, ou...
Motivos
fúteis, motivos justos, motivos úteis. O motivo é o que menos importa (apesar que,
num término de um relacionamento, parece que a gente só depende do motivo para
continuar vivevendo) o que importa é que o amor
acabou. Isso mesmo, amor acaba.
Depois do
fim, a gente desacredita de tudo que viveu. E a gente costuma justificar que,
se acabou é porque não era amor de verdade. E porque não? O amor existe, e o
amor passa. O trem passa, a dor de
cabeça passa, a idade passa, a chuva passa, o tempo passa, a té a uva passa, e
o amor também passa.
Se pararmos
pra pensar, em todas as pessoas que amamos, e
deixamos de amar, (algumas nem deixamos tanto assim, mas enfim). É que
eu credito, que as pessoas que passam por nossas vidas, sempre deixam algo de
bom, e mesmo os amores mais turbilhentos
(os que eu mais aprecio) sempre deixam boas lembranças. E que bom que guardamos
todas as pessoa e todas as histórias que vivemos com carinho.
E a troco?
Desmerecer um amor que passou? E os sorrisos, as gargalhadas? e os passeios de
mãos dadas? Os banhos de mar e de espuma? As discussões no carro e o sexo na
escada? E as noites de choro em claro? As despedidas, A música preferida, a
pizza de margherita?...
E se você ainda
acha que deve tirar o mérito de ter vivido “Uma grande história de amor”,
somente porque acabou. Eu finalizo com um trecho do Rei “Se chorei ou se sorri, o importante é que
emoções eu vivi”
PS. E
quando menos se espera “ops”...
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