Todos falam da pressão imposta pela
sociedade a respeito do padrão a ser seguido. E a gente ouve falar de tudo o
que você deve cumprir até os 30, ou a postura que você deve tomar nessa idade.
Como se já não bastasse suas próprias frustrações e realizações pessoais que
você acredita cada vez mais é menos.
Graduação, pós graduação,
especialização... Falar uma língua estrangeira, ter um bom emprego, experiência
no exterior... Estabilidade financeira, pessoal, emocional... Conseguir dar
entrada num apartamento, fazer viagens no mês de dezembro...Comprar um carro,
educar um filho... Plantar uma árvore, escrever um livro...
E você se aproxima dos 30 e se dá
conta que não tá na metade da famosa lista das 30 coisas antes dos 30. E quem é
que liga pra lista?
Quem é que pode se dar ao luxo de
seguir a lista idiota?
Você precisa acordar cedo se maquiar,
ou não, enfrentar um trânsito ou não, e trabalhar. Você tem a casa pra limpar,
o cachorro pra alimentar, e imposto pra pagar. E chega uma época que não dá pra
faltar a academia nem a terapia. Uma cerveja com os amigos no fim do dia, salão
no fim de semana e as contas do fim do mês. Você vai sozinha ao supermercado,
decide o cardápio da dieta, e faz downloads dos filmes para as tardes de
domingo.
E nem sempre é sempre o mesmo. E que
ótimo! Você muda a cor preferida, a bolsa da semana, muda de emprego, de
cidade... Você troca a cor do cabelo, troca e-mails, troca o número do jeans, troca
o telefone, troca o namorado.
E a troco? Abdicaríamos momentos
inesquecíveis e especiais de nossa vida que nunca mais voltarão? Para cumprir
um padrão?
Se a única certeza que temos da vida
aos 30 é... Que continuamos não tendo certezas nenhuma.
Estou pra 30 e não tenho certeza do
que quero ser quando crescer. Normal!
E se isso faz alguma diferença? Eu
aviso quando eu chegar lá.
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