quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Minha Dose de Você

- Meu nome é “Alice” e sou viciada.
- “Oooiii Aliceee”.
- Eu tenho evitado.
Mas, hoje não deu,
E usei.
Mas,  foi rápido, bem pouco.
Não liguei para ouvir a voz,
Nem mandei mensagem de texto, pra deixar um “oi”.
Entrei rápido, e vi sua foto nova do perfil. Estás feliz!
Visualizei algumas postagens, mas não curti. Juro!
E voltei a reler nossa ultima conversa.
Eu tomei a minha dose de você.
A minha droga.
As vezes, eu gostaria que você soubesse.
Mas, não faria diferença.
E quem pode me curar do meu vício de você?

E se eu correr? Muito. Pra bem longe. E ainda continuar correndo...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Pra Quando o Amor Quiser Partir

Bom, vocês conhecem minha opinião sobre o amor... Ele pode durar para sempre, ou pode acabar. O que não o desqualifica da condição de amor.

O fato é que, nem sempre o amor acaba para os dois ao mesmo tempo (o que é a pior da parte do amor acabar), sempre alguém vai, e sempre alguém fica lamentando o fim. E, se essa bucha ficou pro seu lado, você tem que saber que terá que se livrar dele. Não me refiro ao rapaz, desse, você querendo ou não já está livre. Estou falando do amor.

E se livrar do amor não é tarefa fácil, e o  jeito de fazer isso, é você quem resolve. Eu acredito que geralmente a pessoa passe pro 3 estágios, não necessariamente nessa ordem:

1)   Chorando muito, comendo muito chocolate ao som de muito  Someone like you.

2)   chutando o balde e indo a todas as baladas, curtindo muito, ou não. Mas, sem dúvida, postando as fotinhas com a legenda “Super feliz” ou “Curtindo a vida” ou “ A fila anda”.

3)   Procurando o infeliz. Pedindo explicação, ainda tentando entender. pedindo perdão, mesmo sem saber pelo quê. Pedindo pra ele voltar, implorando pra ele voltar.

Bom, se você está em alguma dessas fases, seus problemas “se acabaram-se” (mentira, rs). O que tenho, são algumas dicas que podem ajudar no processo do desapego. Não que eu seja uma psicanalista do amor, só por experiência mesmo, própria e “dasamiga”.

Enfim, pra você que está com o core partido, ou mesmo pra você que esteja numa boa (leia e guarde, vai que...)

Bom, primeiramente você tem que querer realmente esquecer. Quando você já se deu conta de que não tem mais volta, não vale a pena ficar remoendo um amor antigo, e nem faz bem também neh. 
Então, evite tudo que lembre vocês, música preferida, comida preferida, filmes, roupa, calcinha até. Ah! e claro as fotos, fuja delas (rai ai! tempo bom era quando a gente podia queimá-las ou picá-las em mil pedacinhos, e nunca mais veria a cara do infeliz) Mas, hoje com toda essa tecnologia, o que nós temos que fazer é um esforço sobre-humano para não ficarmos de minuto em minuto olhando a página dele no facebook, e como se não bastasse, fuçar a vida de cada uma que ousa curti suas fotos (se não for mãe, irmã ou avó, é forte candidata a estar indo pra cama com ele, e não é?). Portanto, fuja dessa tentação virtual. Excluir? Bom, eu estaria mentindo se dissesse que já o fiz, e bato palmas pra quem tem coragem. No entanto, se você não tem coragem de exclui-lo, deverá ter coragem suficiente para conviver conviver com a felicidade dele.

Outra dica é procurar defeitos pra acelerar no processo de desgostar, qualquer defeito. Tipo aqueles defeitinhos que a gente passa por cima quando está apaixonada... Tipo espinhas na bunda, a falta de uma depilaçãozinha, a preguiça de sair de casa nos fins de semana, de como ele reclamava no transito, e como ele adorava ser mimado pela mãe... Bem assim, foque nos defeitos, nada de qualidades, como o perfume, a voz rouca pela manha, box branca, aquela gargalhada gostosa, os dentes brancos, o beijo... nada disso. Pense naquele dentinho inferior meio torto, naquela barriguinha de cerveja, de como ele se esquecia das datas, de como ele ciumento e negava, de como deixava a tampa do vaso levantada...)

Enfim, quando você perceber que não há volta, ou ainda acreditando que haverá, aos poucos você retoma sua vida ao normal. Porque ninguém deixa de viver, por amar sozinho.

E quando achar que deve, recomece. Mesmo se ainda tiver um outro alguém no coração, dê um empurrãozinho pra arrochar mais um, sabe, tipo o de mãe.

Não tô falando pra você amar duas pessoas ao mesmo tempo, também não sei se é possível. Só quero dizer que a vida é curta demais. Então respeite você, respeite sua vida, ao invés de ficar remoendo um amor que já acabou.

E que bom que você viveu esse amor, pois como canta Caetano, “...Ter saudade até que é bom, é melhor que caminha vazio”.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Pintura Vazia

Ela tem o apartamento, na cidade que escolheu viver.

Tem o emprego, a tal estabilidade financeira.

Ela aprendeu a dirigir, comprou um carro.

Também comprou vestidos, sapatos de marca, maquiagem cara e perfumes importados.

Ela concluiu seu curso, tem nível superior, e aprendeu um novo idioma.

Ela alcançou sua autonomia, sua independência e também revigorou sua auto-estima.

É bem relacionada, tem mais amigos do que poderia cultivar.

Ela faz constantes viagens, conheceu muitos lugares;

E orgulha do seu álbum repleto das mais belas paisagens.

Ela coleciona romances passageiros, e se convence de que o amor se encontra em todos os lugares.    


Ela toma banho, toma café, assiste ao jornal conversa e dorme sozinha, todos os dias, todas as noites.


Ela vai à praia, caminha pelas ruas, dirige seu carro, assiste a um filme, bebe sozinha uma taça de vinho, todos os fins de semana. 


É para ela mesma que todos os dias usa sua maquiagem, se perfuma e coloca sua melhor lingerie.


Ela teme ainda não ter certeza do que quer, depois de tudo que abriu mão pra conseguir o que tem.

E percebe que depois de tudo que quis, não é o suficiente para se sentir feliz.

Então ela continua a viver em função de si mesma,


E segue com uma saudade tão grande, que dói o peito e, a garganta aperta ao tentar prender o choro.




terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Canção da Minha Vida

As vezes deixo de existir quando me enrosco a te beijar,
Em tuas mãos me trago aqui, mas também posso te guiar.
Depois de tanto me entregar, fico em silêncio a te adorar
E esta beleza a se expandir,

De tanto amar, me ponho a rir.

PS. Pedro Morais.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

NUA

Curte muito mais o dia que a noite. Na verdade quando cogita-se em sair a noite,  ela se sente com 80 anos (roupas curtas demais, música alta demais, bebida alcoólica demais, cantadas bregas demais, paciência de menos e sono demais)
O que ela curte mesmo é viajar, conhecer pessoas novas, lugares novos, histórias novas. Montanhas, litoral, patrimônio histórico e arquiteturas modernas... Qualquer lugar novo, vai de um sítio no interior de Minas Gerais aos grandes shoppings das capitais.
Procura sempre lembrar que a vida é coisa rara nessa vida. E isso justifica todas suas loucuras (ou o que ela chama de loucura).
Comprar no cartão de crédito, mesmo sem saber como pagar.
Pegar a estrada, mesmo sem saber quando voltar.
Se declarar mesmo com o risco de não ser correspondida.
Enfiar a cara no chocolate, mesmo depois da corrida...
Enfim, é dessas que dorme arrependida mas não acorda com vontade.
E no mais... Fala mais rápido do que gostaria, dorme mais do que gostaria, cobra mais (de sí e dos outros) do que gostaria, é mais desconfiada do que gostaria e mais impaciente também.
Adora gargalhadas e pessoas bem humoradas. 
PS. Não gosta de falar de si mesma (talvez, seja por isso esteja referindo a si mesma na terceira pessoa).


domingo, 1 de dezembro de 2013

SOBRE O AMOR

Eu acredito que o amor exista em todos os lugares. E a qualquer momento... Você pode estar na fila do banco, esbarrou e “ops! O amor”. Pode estar no happy hour, num boteco, trocou um olhar e “ops o amor”. Professor novo no cursinho de inglês “ual! O amor”. E tem balada em que você se apaixona três vezes (hehe) .
 Não, não estou banalizando o amor. Estou descomplicando. A gente espera demais, criamos expectativas demais, planejamos demais. Por simplesmente não nos permitirmos viver até a rapa, até a ultima gota. E o quê a gente faz?  Rotulamos o amor.
Vocês começam com tímidos encontros, depois já saem com mais frequência, já passam os fins de semanas juntos, nessa altura vocês já fazem sexo desvairadamente. Foram para as motanhas no inverno, e pra Bahia no verão. Ele sabe como você acorda de mau humor, e você já se acostumou com as escapadas dele durante a noite pra jogar no computador. Vocês adoram inventar pratos diferentes na cozinha e posições novas na cama. Seus pais já perguntam por ele ao telefone e você já sabe de cor o nome da meia dúzia de sobrinhos dele...
E daí, em uma bela manhã de sol, acaba. Isso, simples assim, ACABA.  Você precicou ir pra faculdade em outra cidade, ou ele recebeu uma proposta de emprego em outro país. Ou tiveram uma briga feia por conta da ex, ou porque ele mexeu nas suas coisas e você no celular. Ou porque você quer que ele volte a estudar. Ou ele tem ciúmes do seu chefe. Ou ele simplesmente deixou de ligar. Ou porque você gosta de suco de uva e ele de laranja, ou, ou, ou...
Motivos fúteis, motivos justos, motivos úteis. O motivo é o que menos importa (apesar que, num término de um relacionamento, parece que a gente só depende do motivo para continuar vivevendo) o que importa é que o amor  acabou. Isso mesmo, amor acaba.
Depois do fim, a gente desacredita de tudo que viveu. E a gente costuma justificar que, se acabou é porque não era amor de verdade. E porque não? O amor existe, e o amor passa.  O trem passa, a dor de cabeça passa, a idade passa, a chuva passa, o tempo passa, a té a uva passa, e o amor também passa.
Se pararmos pra pensar, em todas as pessoas que amamos, e  deixamos de amar, (algumas nem deixamos tanto assim, mas enfim). É que eu credito, que as pessoas que passam por nossas vidas, sempre deixam algo de bom,  e mesmo os amores mais turbilhentos (os que eu mais aprecio) sempre deixam boas lembranças. E que bom que guardamos todas as pessoa e todas as histórias que vivemos com carinho.
E a troco? Desmerecer um amor que passou? E os sorrisos, as gargalhadas? e os passeios de mãos dadas? Os banhos de mar e de espuma? As discussões no carro e o sexo na escada? E as noites de choro em claro? As despedidas, A música preferida, a pizza de margherita?...
E se você ainda acha que deve tirar o mérito de ter vivido “Uma grande história de amor”, somente porque acabou. Eu finalizo com um trecho do  Rei “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”


PS. E quando menos se espera “ops”... 

PORQUE AS PESSOAS BOAS AMAM AS PESSOAS ERRADAS

Diz que meu coração e de pedra, que é mais frio que as madrugadas de inverno em São Paulo.
Mas, não sabe que corre solto por aí o único homem nesta vida que eu gostaria de abraçar forte, de beijar no pescoço, de observar bem perto a cor dos olhos;
Quem eu gostaria de acordar todas as manhãs ao lado;
 De quem sinto saudade do cheiro, da pele, da voz, do sorriso;
Com quem eu faria uma viagem, um passeio, um filho.
E você acha que eu não sei o que é remoer uma esperança?
Ele nunca me disse que não me amava.
Nunca pediu pra eu esquece-lo.
Nunca desejou que eu fosse feliz ao lado de outro.
Nunca me disse que amava outra mulher.
 “Não quero que fique distante” – foi o que ele disse. E segue sua vida como se eu não existisse nessa terra.
E você acha que eu fico perturbando ele dia e noite? Que fico cobrando coisas sem sentido?
Não. Eu fico de longe, e observo cada palavra, cada passo, cada foto. Assim, a sangue frio. Talvez, como o meu coração.
Então, eu sinto muito por você. Sinto muito por mim também.

PS. Cada um com sua dor, sua saudade, seu amor mal resolvido.

RAIZ

Não sugiro uma cor para a parede,
Não mudo o sofá de lugar,
Meus livros estão em caixas
Não compro um quadro, pois não há onde pendurar,
Nada de taças ou xícaras
Sem tapetes, sem plantas ou relógios na parede
Nada de espelhos ou almofadas,
Sem fotos na prateleira ou pinguim na geladeira
Tudo o que posso, é do tamanho do que posso carregar.
Na mala?
Só há espaço para roupas velhas e recordações antigas
Talvez, algumas fotos, palavras e cantigas
Ah! No bolso cabe um pequeno papel que me diz
Eu tenho identidade

PS. Só me falta raiz.

Bem Solidão.

Ela pegou uma mania chata de falar sozinha,
Às vezes, para ter certeza de que não desaprendeu a falar
Às vezes, pra dar a impressão da presença de outra pessoa que não de si mesma
Às vezes, para dar mais ênfase aos pensamentos.
Às vezes ela ri de si, e em outras tem certeza de que está ficando louca.
Ela agora lê um livro sozinha, enquanto ouve música, e isso não é tão ruim.
Ela adora curtir momentos de silencio e paz, aliás, ela mesma quem quis assim.

PS. “Não é bem solidão, é uma solidão consentida” tenta se convencer.